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sábado, 17 de marzo de 2012

Declaração Final do 22° Encontro Internacional da Juventude Antifascista e Antiimperialista, Turquia 2010

Selcuk - Turquia, agosto 2010 

   Realizamos o acampamento internacional da juventude entre os dias 3 e 12 de agosto na cidade de Selcuk, província de Izmir, Turquia, reunindo três mil jovens de 20 países diferentes. Durante o encontro internacional nós debatemos os problemas dos jovens, da humanidade, da natureza, do meio ambiente e do mundo. Nós compartilhamos os nossos sonhos e ideais, discutimos os problemas e as soluções. Em nome dos participantes do acampamento, agradecemos e saudamos os nossos companheiros da Turquia, que organizaram este acampamento, além dos representantes da classe trabalhadora, sindicatos, médicos, enfermeiros, engenheiros e os nossos amigos de todas as profissões que colocam as suas experiências e habilidades a nosso serviço. 



Estamos cercados pelo desemprego, forças reacionárias e guerras imperialistas 


   O capitalismo, como um sistema cujo único objetivo é o lucro máximo, está mais uma vez em uma profunda crise de escala global. Os capitalistas impõem o desemprego e a pobreza para a juventude, fazendo com que ela pague pela crise que eles criaram. O futuro da juventude está se tornando obscuro devido aos ataques as leis e direitos trabalhistas. Aposentadoria, segurança social, educação e saúde têm sido inacessíveis para as novas gerações. Embora este sistema atinja todo o mundo, entre os jovens faz um esforço especial para ampliar o racismo, o fascismo, as idéias nacionalistas, o reforço da competitividade individualista, a degeneração cultural e uso de drogas. 

   Eles realizam uma educação voltada para os seus próprios interesses e necessidades, promovendo sua mercantilização e privatização. Aos jovens da classe trabalhadora dizem que não têm direito à educação se não tem dinheiro para pagar por ela. Juntamente com o ensino geral, as possibilidades de nosso acesso a ciência, a literatura e a arte estão sob ameaça. Valores medievais e anticientíficos estão sendo injetados para anestesiar a juventude. 

   Com o aprofundamento da crise, os governos exploram a imensa população de imigrantes e incentivam o fascismo e o racismo, com o objetivo de impedir a unidade e bloquear a luta comum dos trabalhadores e da juventude. Enquanto isso cresce, a influência dos partidos racistas e fascistas está restringindo os direitos anteriormente adquiridos e as liberdades em nome da "guerra contra o terrorismo". 

   O 22º Acampamento da Juventude Antifascista Antiimperialista é a reunião da rebelião da juventude contra a restrição do direito a educação e as tentativas de fazer com que paguemos a conta da crise. Nosso acampamento que se realizou sob o lema "Por trabalho, educação, paz e fraternidade para a juventude do mundo", é um chamado internacional para a luta contra as políticas de guerra do imperialismo, o racismo, a reação e o fascismo. 


A juventude do mundo tem problemas comuns, por isso nossa luta deve ser unificada 


   Nós, os jovens de 20 países, da América Latina, da Europa, da África, do Cáucaso e do Oriente Médio nos demos conta, e esse encontro de 10 dias nos provou, que temos problemas semelhantes, embora sejamos de diferentes lugares. 

   Para concretizar nosso grande evento, além de apoiarmos uns nos outros, contamos com o apoio das organizações da classe trabalhadora e dos intelectuais. Unindo trabalhadores e intelectuais que se colocam ao lado dos trabalhadores e da juventude, camponeses que lutam contra a espoliação dos monopólios para proteger suas terras e abastecimento de água e os representantes do povo oprimido que lutam por sua liberdade, nos fortalecemos. As artes e as atividades culturais do encontro nos ajudaram a perceber sua grandiosidade e a necessidade de uma cultura progressista e esclarecedora, a arte realista-socialista. 

   As mulheres estão sob a dupla pressão e exploração em termos de classe e gênero. As oficinas e debates realizados durante o acampamento foram o testamento para desenvolver a luta e acabar com a pressão de gênero sobre as mulheres, em geral, e fortalecer a luta das mulheres jovens em particular. 

   Outro assunto em foco foi a luta contra a destruição e poluição do meio-ambiente, da natureza e das estruturas históricas, que é causada pela ganância do capitalismo pelo o lucro máximo. Como jovens, mais uma vez anunciamos que não vamos nos manter indiferentes à destruição do nosso meio-ambiente pelo capital. 


A juventude do mundo é fraternal 


   A vivência no acampamento mostrou como a paz e a fraternidade pode ser alcançada entre os jovens de diferentes nacionalidades. Entendemos que as guerras, com exceção das guerras de libertação nacional e social, são conduzidas por um punhado de imperialistas e seus colaboradores. 

   Decidimos desenvolver uma luta global contra as ocupações do Iraque e do Afeganistão, lideradas pelos Estados Unidos, contra o nacionalismo e o racismo que incita a luta contra a libertação nacional do povo curdo na Turquia, contra a opressão dos palestinos e os ataques ao Líbano por parte do governo sionista de Israel e contra o bloqueio imperialista sobre o povo iraniano. Discutimos as provocações do imperialismo na região do Cáucaso, a tensão entre Colômbia e Venezuela, e os preparativos das forças imperialistas, como os Estados Unidos e a União Européia para promover a guerra em outras partes do mundo. Durante nosso acampamento, junto a costa do Mar Egeu, desenvolvemos a nossa fraternidade e amizade. Destacamos que não vamos nos manter distantes, mas reforçar a luta contra o belicismo. 

   Nós condenamos a pressão reacionária e fascista e os ataques contra os líderes dos trabalhadores e da juventude em vários países, especialmente no Equador e na Tunísia, e expressamos a nossa solidariedade com eles. Mais uma vez, chamamos todos os jovens do mundo a se unirem e lutarem contra as guerras imperialistas, o fascismo e as pressões reacionárias. 


A crise pertence ao capitalismo e o futuro pertence a nós! 


   As discussões no encontro mostraram que as políticas da crise e seus efeitos sobre os trabalhadores, desempregados e jovens estudantes têm similaridades em nível internacional: elevado aumento do desemprego, expansão da pobreza entre as massas de jovens, dificuldade de acesso a educação, cortes na despesa pública das áreas de necessidades sociais e culturais etc. Sentimos como se fizéssemos parte de diferentes regiões do mesmo país. 

   Além disso, percebemos a necessidade da luta contra todas as tentativas de colocar o fardo da crise sobre nós. Temos muitos exemplos de luta contra estas medidas da crise como a mobilização de mais de dois milhões de pessoas na França, em junho passado, para protestar contra a reforma da aposentadoria e a luta dos trabalhadores em situação irregular, as mobilizações estudantis na Alemanha contra taxas da universidade com importantes conquistas, seis greves gerais nos últimos seis meses na Grécia, o estado de mobilização dos trabalhadores do monopólio TEKEL na capital da Turquia por 78 dias, as lutas dos povos da América Latina contra os ataques imperialistas e ações dos Estados Unidos, a luta do povo da República Dominicana para defender suas terras e entregá-las para os camponeses e toda a resistência no resto do mundo. Todas essas lutas e suas vitórias nos mostram o caminho a seguir. O que este sistema apresenta para nós não é imutável. Nós podemos resolver nossos problemas através de uma luta organizada. 

   Nossas discussões mostraram também a aspiração da juventude do mundo por um planeta livre da exploração e das guerras. A menos que os meios de produção sejam tomados do punhado de parasitas que os detém e socializados, a menos que as classes trabalhadoras e os povos do mundo estabeleçam seu próprio poder político, nós, jovens não conseguiremos nos livrar do desemprego, pobreza, guerras e massacres. 


O nosso chamado é o chamado de todos os jovens em todo o mundo 


   Nossa palavra de ordem "pela fraternidade dos jovens do mundo" vai além do que a sociedade atual impõe como aspiração para a juventude. Os problemas contra os quais estamos lutando têm uma causa comum: todos nós vivemos em países capitalistas onde o lucro e a competição são considerados sagrados. E todos nós compartilhamos o mesmo destino. Por este motivo, nossa luta comum, a amizade e a solidariedade não podem ser feridas por nossas diferenças de raça, língua, religião, cultura e país. Não se deve matar e morrer para a realização dos interesses imperialistas em ocupações imperialistas. Nós não queremos pagar a conta dos conflitos de interesse interimperialista. 

   É tempo de tomar parte na luta por nossas reivindicações e aspirações, pelo nosso direito ao trabalho e educação, contra aqueles que fazem a nossa vida insuportável e infeliz. Um mundo sem desemprego, pobreza, fome, guerras e opressão nacional não será possível sob a hegemonia do capitalismo. Um mundo assim só é possível com o socialismo. 

Do mundo da juventude, bradamos mais uma vez: 

Viva a luta pelo emprego, educação e paz! 

Viva a luta de libertação dos povos oprimidos! 

Viva a solidariedade internacional dos jovens do mundo! 
Abaixo o fascismo e o imperialismo!

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